quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Girl talk

Animadas pro nosso findi? Muito. Aposto todas as minhas fichas, to até com medo. Muita expectativa. Já tenho a idéia do meu modelito, psycho total. Vou fazer compras. Quero consultaria da jow. Gente, eu vou estar tensa pq vou estar amando ver essas bandas e com um bando de homem de nao deveria estar junto no mesmo lugar! Jow, o que está in? hmmm...tenho varias dicas!! In: saia e calça de cintura alta, blusa com estampa preta e branca... Quero dicas que valorizem o culote e o busanfa. Pois é...cintura alta esta in...ok...mas para quem tem menos 10 de quadril. Precisamos de uma reunião. Cada uma leva uma mala lá pra casa. Faremos um desfile. Ai adolescencia reprimidaaaaa. Mala /desfile/homens/tensão/homens/bandas/beck (pq temos q ter)... Muita coisa p um final de semana só. Eu não tenho homens, então tenho q multiply o beck. (de volta na adolecencia -= desfile, arruma com o irmão , mala). Se fumar, vou beijá-lo. Quem bota um hífen e depois de beijo, não merece beijar na boca. NERD!! Vou agarrá-lo. Meninas, vou partir daqui!! liguem-me quando puderem-lo!!! beijo-las . mesóclise forte!!! babem garotas!! o máximo q sei é hiperboles.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Se f..e aí ou momentos bullying da assistente

Prefácio: esses fatos são reais e a assistente sou eu

1.
assist. de redação: O meu texto está estourando 50 linhas, posso ganhar mais uma página?
chefe: Não, se fode aí.

2.
assist. de redação: A legenda da foto 1 é a segunda, e a da foto 2 é a primeira
chefe: tem certeza?
assist. de redação: tenho
chefe: isso não foi o que você me disse ontem
assist: vou conferir
(chefe para tudo e observa a assistente conferir. O caderno da assistente cai no chão. O estojo também. Canetas se esparramam)
assist: acho que eu estava errada. a legenda da foto 1 é a primeira e a da foto dois a terceira
chefe: vc acha?
assist: quer dizer, a da foto 1 é a primeira, a da foto 2 é a segunda
chefe: isso é o q vc me disse ontem.
(chefe sai para tomar um café aparentando irritação)

3.
chefe: repórter a sua matéria ganhou mais uma página, tirei uma página da assistente. A assistente tem agora uma página só
repórter: jura?
(assistente permanece muda) chefe: se engalfinhem aí
repórter: vamos brigar na lama
repórter dois, que escutava atentamente, diz: até criar uma poça de sangue
assistente permanece muda
chefe assume feição "se fode aí"

4.
chefe: você conferiu TODOS esses nomes?
(chefe abana a folha na cara da assistente)assistente: já conferi
chefe: repórter, confere se a assistente já conferiu
repórter pelo msn para a assistente: cara, você não conferiu né? Essa parada é com a , não com e
assistente pelo msn para o repórter: conferi. Juro. até na foto está escrito assim
repórter: No fotolog diz que se escreve com e , não com a
(chefe olha para assistente com olhar de fúria)
(assistente se esconde atrás do computador, enquanto vai escorregando na cadeira)
No dia seguinte, chefe diz: repórter, adorei a sugestão de pauta, pode fazer, mas faz tranquila, para não enrolar com a outra matéria.
assistente de redação se mete na conversa: essa matéria é tranquila, você faz em um dia
chefe: você está enganada, se quiser pegar todos os nomes certos não da pra fazer a pauta em 1 dia só


5.
revisor: a minha sobrinha, que também era assim, mais avantajada, só se vestia de roupa escura
(assistente de redação pega o papel revisado e saí. No dia seguinte aparece no trabalho vestida de branco)

6.
chefe: assistente, quero que você faça a matéria da moda do esmalte colorido
chefe ri maleficamente
assistente: oquei
assistente pensa: "é de propósito"

7.
chefe: assistente, estou lendo aqui a sua matéria, o que o personagem gosta de comer na Colombo?
assistente pensa em responder cu, mas diz: não sei, vou ligar e perguntar
chefe diz: para ser jornalista, você tem que ser mais curiosa
assistente pensa: se fode aí

domingo, 21 de outubro de 2007

Olhou para aquele tempo e compreendeu alguma coisa que não compreendia antes. Eles estiveram juntos apenas para que ela estivesse com aquelas pessoas agora. Cada coração tem seu tempo de cura. O dela demorou mais do que o normal, força das circunstâncias. Agora, era só olhar para trás e perceber o quanto tudo pareceu um sonho. O medo de ser a única a realizar que aquilo aconteceu a preocupava. Não queria mais uma vez ter vivido uma fantasia apaixonada. Estava sentada numa mesa de bar quando um deles lembrou o quanto incrível foi aquela época. Alívio total. Mais uma caipisakê de lischia, por favor. Vamos pra festa? E dançaram. E reencontram antigos conhecidos. E ela se sentiu feliz. Sentiu-se menos jiló que no dia anterior.
Esses amigos são souveniers da viagem do sonho.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Chata, muito chata

Os bichinhos de luz atacam com velocidade total. É o verão chegando e eu afirmando que não estou pronta para ele. Um bichinho de luz bateu na minha testa, outro entrou no meu decote. Os raios do sol apareceram e esse é o único motivo que me alegra estar de plantão. Ainda não aprendi a dançar, nem coube nas roupas do meu armário. Quero uma máquina do tempo para fazer o verão não começar. Os números de criminalidade aumentam no calor, diz um especialista. Os bandidos bebem mais cerveja e os policiais ficam mau-humorados por estarem trabalhando. Os jornalistas também, ainda mais quando são atacados por bichinhos de luz. Quando só se consegue escrever sobre trabalho, é sinal de que se está trabalhando demais. Li em algum lugar que quando só se consegue ir ao banheiro no escritório também. Quando se está querendo adiar o verão, então... Estou ficando é muito chata, isso sim. Essa seria a hora perfeita da Bella entrar em campo e contar coisitas divertidas por aqui, mas parece que apesar de estar toda serelepe com óclinhos charmosos na festa de ontem, a Bella abandonou o blogue. É verdade, fui numa festa ontem, mas só fiquei um pouquinho, tinha plantão hoje. Chata.....

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Aos personagens

O fotolog do entrevistado diz: "reporter escuta o q vc fala mas só escreve o que pensa". O e-mail enviado pelo outro termina com: "não quis ser grosseiro ou mal educado com você (...) mas prefiria ter ficado fora dessa, sucesso". E assim começa mais uma semana na vida de uma repórter. O meu conselho para quem vai ser personagem de reportagem ou mesmo da vida real é o seguinte: Pensem antes de falar baboseira. Pensem bem, porque estou anotando tudo, às vezes literalmente gravando. Não existe essa história de inventar, repórter transcreve as informações que estão no bloquinho ou na fita. Se você não pensou antes de falar... so sorry beibe. Porque se elas mostram o personagem dizendo coisas absurdas, melhor ainda.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

"Queria lhe dizer algumas pérolas, mas me faltam ostras"

tirei a frase do fotolog do Orlando Pedroso, genial.

domingo, 7 de outubro de 2007

Os dentes

Os dentes ainda estão dentro do saquinho plástico transparente. Tenho medo de jogá-los no lixo. Vai que me clonam. Perderia toda a originalidade de ser eu. Não vai dar. Pro lixo é que eles não vão. Dentes são materiais genéticos de alta qualidade. E não estamos falando aqui de pequenos dentes de leite. Os meus cisos medem praticamente 1 cm, resquícios da idade da pedra. Não vou jogá-los no lixo e pronto. Imagina se alguém achar? Vai que a pessoa pensa que eles pertencem a um cadáver. Realmente, não sei o que fazer.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Step by step, uh baby

Tá foda. A vida: monografia, plantão, capa da semana que vem e extração de sisos (dois!), bodas dos avós maternos, aniversário do avô paterno, não deixam tempo para coisas interessantes. Eu queria ter escrever bem o suficiente para descrever a ida ao democráticos com a turma de dança. Os olhares, os risos, os constrangimentos, desculpa pisei no seu pé, essa música tá muito rápida, meus pés não acompanham, ela veio dizendo que eu não sei dançar e eu respondi: calma lá, quem não está fazendo os passos é você, meia lua, andadinha, um, dois três. Queria escrever sobre os meninos que não acreditaram que eu não sei dançar e se depois se deram mal, mas a culpa não é minha porque eu avisei. Queria contar a sensação de sobrevoar o salão nos braços do professor, contar aos meninos que se o cara comanda bem, não tem erro, a menina acompanha. Queria contar a aula em que aprendi a seguir, a fechar os olhos e confiar no parceiro (já escrevi sobre isso?).
E também dizer que ele tirou os dentes e os colocou num recipiente de plástico. Que ainda nem começamos a nossa relação direito e ele já vai assim deixando lágrimas e extraindo traumas de infância. Até agora não entendo porque ele pedia tantas desculpas durante o ato. Pelo menos dessa vez alguém acha que a culpa não é minha. Imaginei uma vida ao lado dele. O telefone tocou às 18hs para saber como eu estava. Ligações no fim do dia são as melhores. Pena que estou com a bochecha direita gigante, senão bem que lhe tascava um baccio. Até parece.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Eu quero paz, já me cansei de ser a última a saber de ti

"Só os ricos com consciência social que não entendem que guerra é guerra", a frase é do Tropa de Elite, cuja discussão deixo para um próximo post. Mas foi justamente essa frase que me fez dizer não ao editor-chefe do Cidade. Ir ao Complexo do Alemão na noite de domingo não é uma proposta recusável, principalmente quando se passa o dia inteiro esperando pelo momento. Declinei o convite. Ele assentiu com o olhar de quem agora não me vê tão jornalista como antes. O Complexo do Alemão é, no momento, uma das favelas mais instáveis do Estado. A noite deste domingo prometia não ser silenciosa. Seria a primeira nos últimos cinco meses em que não se ouviriam tiros, e sim música. Tive escolha, optei pelo não. Melhor não abusar da sorte, já que no jornalismo não faltam oportunidades para conhecer o outro lado da cidade partida. A curiosidade que me move pode um dia ser o fator crucial para virar o jogo. Mesmo quando a promessa é gerar paz por meio da música, a sorte é entidade de respeito. Perdi um legítimo baile funk comandado pelo Furacão 2000. Perdi a oportunidade de ser uma das mais de 800 pessoas assistir a cantora Marisa Monte trocar pela primeira vez o público da Zona Sul carioca pelo de comunidades carentes. Ganhei mais uma noite de sono no meu Universo Particular. Me informaram por telefone que não havia policiamento no local. Que em torno dos 500 metros quadrados de palco, no campinho de futebol da comunidade do Canitá, em Inhaúma, Zona Norte do Rio, uma das portas de entrada para o Complexo, os traficantes agiam discretamente, como de costume. Preferi não estar por perto. Tive medo de enfrentar. Fugi. Atravessei os três túneis de vidro aberto, fingindo que o Rio de Janeiro não é uma cidade em guerra.