quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Assim que conseguir parar, eu volto

Ando com saudade de escrever aqui. Ando sem inspiração também. Ando meio em ziguezague e tropeçando em algumas pedras. Ando descalça, a pé e sem fôlego. Algumas vezes ando arrastando chinelo, outras me equilibrando no salto alto. Me perdi muitas vezes nos caminhos e sinceramente não sei aonde vou parar. Tento pular alguns buracos. Meus joelhos estão ralados e a ladeira é ingrime demais. As distâncias estão mais longas e a estrada de tijolos amarelos deveria ser depois daquela rua a esquerda, mas toda vez que acho que já está chegando, ainda falta mais um pouco. Ando meio sonâmbula. As letras se misturam formando palavras que não conheço. Talvez tenha esquecido, não sei. O laço do tênis desamarrou e as cascas de banana estão a cada novo passo. Ando por aí sem saber muito bem de mim e acho que assim não consigo parar para escrever.

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