quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Elocubrações de uma dona de casa
Eu nunca imaginei que ia ficar de cabelo em pé tentando resolver qualquer atividade doméstica. Sim, porque desde que eu vim morar sozinha descobri que afazeres do lar estão longe de se resolverem com simplicidade. Ultimamente ando encucada com algumas questões, como por exemplo: AS POEIRAS. Estou eu, sentada no sofá, no dia seguinte de uma mega limpeza, especialmente verificada por mim. Leio um livro, relaxada, quando sem querer viro a cabeça. E…lá estão elas, as entrusas mais frequentes da minha casa, “poeiras”, palavra que não se usa no singular. Elas aparecem sempre em conjunto se aglomerando em todas as quinas. Ai meu Deus, e os mantimentos… Não basta que eu compre e pronto, ah se fosse fácil assim… Tenho que tomar cuidado para que nada se estrague, já que eu moro sozinha, e também tenho que fazer com que tudo caiba na picoliníssima geladeria sem que seja necessário que eu visite o supermercado todo santo dia. E o lixo que cresce em progressões geométricas, e as louças que não saem mais da pia, e… e… e. Essa matemática diária, essa filosofia do lar tem me deixado monotemática. E eu achando que trabalho de casa era trabalho braçal, antes fosse.
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