Tá foda. A vida: monografia, plantão, capa da semana que vem e extração de sisos (dois!), bodas dos avós maternos, aniversário do avô paterno, não deixam tempo para coisas interessantes. Eu queria ter escrever bem o suficiente para descrever a ida ao democráticos com a turma de dança. Os olhares, os risos, os constrangimentos, desculpa pisei no seu pé, essa música tá muito rápida, meus pés não acompanham, ela veio dizendo que eu não sei dançar e eu respondi: calma lá, quem não está fazendo os passos é você, meia lua, andadinha, um, dois três. Queria escrever sobre os meninos que não acreditaram que eu não sei dançar e se depois se deram mal, mas a culpa não é minha porque eu avisei. Queria contar a sensação de sobrevoar o salão nos braços do professor, contar aos meninos que se o cara comanda bem, não tem erro, a menina acompanha. Queria contar a aula em que aprendi a seguir, a fechar os olhos e confiar no parceiro (já escrevi sobre isso?).
E também dizer que ele tirou os dentes e os colocou num recipiente de plástico. Que ainda nem começamos a nossa relação direito e ele já vai assim deixando lágrimas e extraindo traumas de infância. Até agora não entendo porque ele pedia tantas desculpas durante o ato. Pelo menos dessa vez alguém acha que a culpa não é minha. Imaginei uma vida ao lado dele. O telefone tocou às 18hs para saber como eu estava. Ligações no fim do dia são as melhores. Pena que estou com a bochecha direita gigante, senão bem que lhe tascava um baccio. Até parece.
Um comentário:
O melhor é o até parece...
E vem cá Honey bunny...como andam as aulas de dança ?
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