quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Trabalhar ou protestar, eis a questão

Estou sem inspiração porque trabalho mais de 14 horas por dia há mais de 2 semanas sem intervalo. Não tenho palavras para descrever a decepção de conseguir uma semana de férias, e ela cair justamente no fim de semana do plantão. Tenho dúvidas se neste caso protestar é infantilidade ou ato louvável. Estou pensando seriamente em greve. Será que eles me mandam embora se eu simplesmente não vier? Vou pagar para ver e talvez virar mártir. Aí, daqui há alguns anos, quando alguém se sentir injustiçado em ter que trabalhar no fds durante as férias(isso não faz o menor sentido), alguém dirá: "Reza a lenda que uma garota faltou o plantão e nunca mais conseguiu um emprego". Ou então, alguém lerá o meu currículo pensando: "Acho que é aquela garota que se rebelou e faltou o plantão. Nem pensar contratá-la".
Esse tipo de coisa acontece porque na verdade ninguém luta mais por nada. Continuamos vivendo na época da escravidão e não sabemos. Quer dizer, eu sei: muito prazer, escrava Isaura. E também porque a nossa geração não sente mais nada, não se mobiliza, não age. Um bando de gente que vive na inércia e se espanta ao ver alguém chorar. Quer saber: eu sinto. Amo o meu trabalho, mas estou no limite. É férias ou morte.

"Tudo o que é realmente grande e inspirador é criado pelo indivíduo que pode trabalhar em liberdade" A. Einstein

Um comentário:

Isabella Heine disse...

Eu voto no protestar!Fico com Eistein e a liberdade do indivíduo...