É sempre assim.
Não precisa vir com pressa.
O bonde passa, passa de novo, e sempre pára no mesmo lugar. E assim ele vai, sucessivamente, fazendo o seu caminho. Sempre. Normal, se não fosse pelo fato de que eu fico presa nele. Aí é que está. Eu estou presa dentro deste bonde que passa, passa, passa e acaba no mesmo lugar.
Eu não pedi para você chegar perto. Não pedi para você vir e me falar palavras tão fortes e doces ao mesmo tempo. Não pedi para abrir as portas de mim e deixar que você entrasse. E por que? Porquê você não me levou junto com você, embora deste maldito bonde ?
E agora estou eu aqui. Mais uma vez, entregue aos sorvetes com calda de chocolate, as cartas que suplico para que me deem alguma resposta, aos minutos que não passam de jeito nenhum.
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