domingo, 13 de maio de 2007

Lembranças de uma noite sem memória

Depois de 1/2 garrafa de sakê e um Apple Martini, ouvi do alto dos meus saltos de verniz preto:


"Isso é que é piranha de classe!", o elogio foi feito numa esquina da Av. Atlântica por um grupo de mulheres da vida.

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Sete mulheres cabem num Honda Fit. Todas falam ao mesmo tempo. Penso que a motorista deve estar zonza com tanto barulho. Ao som de Open Your Eyes, no volume máximo, escuta-se as seguintes frases. Talvez elas formem um diálogo, dependendo do nível etílico ou do ponto de vista:

Me deixa na Júlio de Castilho? Mas calma, aonde é a Júlio de Castilho? Ali, perto da Le boy. Lebloy? Tell me that you'll open your eyes. Não, le boy. Ah, você quer dizer Leblon. Essa noite vou aplicar o golpe do pesadelo. Você vai dormir com o Júlio? Não, vou para a Julio de Castilho! Eu entro aqui à direita , pra ir na Le boy? Que pesadelo? Se vc entrar aqui à direita, honey, nós vamos parar é no Machu Picchu. Então, ponho a minha roupa de pijama e ligo pro Beto. All this feels strange and untrue. Alguém me diz aonde a gente tá indo? And I won't waste a minute without you. Tamos indo deixar ela na le boy! I want so much to open your eyes. Cos I need you to look into mine. Não é na Le boy, é na Júlio de castilhoooo! Aí, o Beto atende e eu digo com uma voizinha de quem precisa muuuiiiitooo dele. Lembra ela fantasiada de sushi? "Bétô, não to conseguindo dormir". Como assim de sushi? Mas não era no Leblon? Tell me that you´ll open your eyes. "Tô com pesadelo, Beto. Vem pra cá?". Uma roupa toda vermelha. No Leblon? E um travesseiro branco amarrado na barriga com uma faixa preta. CARACAAA, aonde é a Le boy? No Leblon? É na Júlio de Castilho, faz o favor e vira aqui à direita.

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