Onze de junho. Véspera do dia dos namorados. Surgem na redação do jornal alguns buquês de flores. Quem teve a maldita idéia de mandar flores justo nesse dia, tão próximo Do dia? Que falta de tato. Neste momento, os "independentes" da redação já puderam sentir uma ponta da angústia que sentiriam no dia seguinte.
Dia seguinte. Acordo com o despertador tocando as seis da manhã. O rompimento se materializa no último suspiro que ainda restava me sendo devolvido em uma pasta de plástico. Mas um dia de trabalho. Eu, já discrente de tudo, dirijo para casa após mais um dia de Rio Comprido. Tenho que parar o carro por causa de um sinal fechado. Teoricamente, isso seria mais uma amenidade do meu dia repleto de dores de cabeça. Mas não. Surgia a luz no fim do túnel no dia dos namorados. Eu parei no sinal vermelho exatamente atrás de um carro verde com uma placa em que se lia MG - Boa Esperança! Aonde eu quero chegar? Exatamente ali, em Boa Esperança. Aquela frase (para mim era mais que um nome de uma cidade mineira) estava estampada na placa do carro parado na minha frente neste dia desesperançoso. Naquele momento entendi que o universo se comunicava comigo. Aquele alento divino me acalmou as nove da noite em pleno dia dos cartões Eu te amo! E assim, eu fui salva, aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo.
Um comentário:
que delicia de mensagem......... :)
Postar um comentário