Gisele Bündchen
Gisele chegou a mais um Fashion Rio atropelando. Tira! Tira! Tira! E Abre! Abre! Abre! Foram palavras gritadas em coro por aqueles que assistiam a cena. Não se engane, a gata garota não se preparava para um streaptease: o tira, era para os fotógrafos tirarem a foto e o abre, para que abrissem passagem para a felina. O carrinho de golfe rodeado de seguranças passou. Num piscar de olhos Gisele desaparecera. Deixou para trás um holofote quebrado e indagações se alguém havia se machucado. Gisele não é mais só modelo, tornou-se celebridade. Sua presença é suficiente para mudar o ambiente. Em nenhum outro backstage a segurança era tanta como no da Colcci. Gisele adota uma atitude animal. Não quer saber de nada ou ninguém. Seus colegas modelos eram barrados na porta do camarim e imploravam para conseguir permissão para trabalhar. “Não sei porque fui barrado, vou desfilar também!”, reclamava o modelo Carlos Francis. A situação se repetiu com Murilo Smidth e Diego Brauser. Enquanto isso, a top estava enjaulada no camarim exclusivo, que até para os amigos de longa data, o produtor Cláudio Gomes e o editor inglês da Vanity Fair Michael Roberts, era difícil o acesso. A clausura continuou durante o desfile. Gisele desceu três vezes num elevador à la nave espacial do Xou da Xuxa. Os baixinhos eram a platéia, que se esbofeteava ansiosa para ver a rainha e devorar os chocolates com a embalagem cor-de- rosa distribuídos gratuitamente. Por trás da porta pantográfica, a leoa fazia charme como as meninas da red light district, em Amsterdã, onde são expostas como objetos em janelas viradas para as ruas. No primeiro passeio pela passarela, um macacão frouxo nada fazia pelo corpo da modelo. Na segunda entrada, o look poposuda acentuava as costelas salientes nas costas peladas da fera mirrada. Na última, Gisele banhada a ouro. Os baixinhos foram ao delírio, entre eles Zezé Polessa, Maité Proença, a ex-Big Brother Siri, Sabrina Sato, Daniele Winits, entre outras celebidades. Fica difícil acreditar que alguém estava ali para ver outra coisa se não Gisele. Centenas de celulares eram apontados em direção da fera. Porque será que a top era a única que não estava com as unhas pintadas de laranja? Será que não havia manicure a sua altura? Mais uma vez a Colcci deixou a moda de lado, nem a übermodel, atração principal do show, conseguiu vender bem a má tentativa da marca de uma releitura dos anos 80.
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